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Desembargadora Nelma Sarney é acusada de chefiar organização criminosa no TJ-MA Grajaú (MA)

MARANHÃO

Desembargadora Nelma Sarney é acusada de chefiar organização criminosa no TJ-MA Grajaú (MA)
Desembargadora Nelma Sarney é acusada de chefiar organização criminosa no TJ-MA Grajaú (MA) (Foto: Reprodução)

Desembargadora Nelma Sarney é acusada de chefiar organização criminosa no TJ-MA Grajaú (MA) — A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a desembargadora Nelma Celeste Souza Silva Sarney Costa, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), por chefiar uma organização criminosa que teria operado dentro da Corte por ao menos uma década. Cunhada do ex-presidente José Sarney, Nelma é apontada como figura central de um esquema que envolveria venda de decisões judiciais, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, a magistrada articulava sentenças e despachos com o genro, o advogado e ex-deputado federal Edilázio Gomes da Silva Júnior, que teria redigido trechos inteiros de decisões judiciais para beneficiar clientes ligados ao grupo investigado. As investigações integram a Operação 18 Minutos, deflagrada pela Polícia Federal, cujo nome faz referência ao curto intervalo de tempo entre a emissão de alvarás judiciais e saques milionários. Em agosto de 2024, Edilázio foi flagrado com quase R$ 1 milhão em espécie, valor cuja origem ele não conseguiu comprovar. Em nota, o ex-parlamentar negou as acusações e afirmou se tratar de “ilações”. Com 313 páginas, a denúncia é assinada pela subprocuradora Luiza Cristina Frischeisen e detalha a participação de outros três desembargadores — um deles já aposentado —, dois juízes de primeira instância e outros 23 investigados. A PGR solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a perda do cargo dos magistrados envolvidos, além da devolução de R$ 54,3 milhões, valor estimado como proveniente de propinas recebidas pelo grupo.

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