Silas Malafaia tenta obter lucro de vídeos com áudios de conversas com Bolsonaro Pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo reivindica direitos autorais sobre conteúdos divulgados em inquérito do STF
Brasil

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, está em uma disputa com o YouTube para reivindicar os lucros de publicidade de vídeos que reproduzem áudios de suas conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro. As gravações foram divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte de um inquérito que investiga a suposta tentativa do deputado Eduardo Bolsonaro de interferir na ação penal contra o pai. O caso está sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.
A tentativa de Malafaia de ficar com a receita, inicialmente reportada pelo jornalista e youtuber Álvaro Borba, seria feita por meio de uma empresa ligada ao pastor. Após a denúncia de Borba, outros criadores de conteúdo relataram situações semelhantes. Borba, que contestou a reivindicação no YouTube, incentivou outros criadores a fazer o mesmo.
Impacto da medida
Embora a ação de Malafaia não remova os vídeos já existentes, ela desincentiva a criação de novos conteúdos com os áudios, já que a monetização seria direcionada para a empresa do pastor. Segundo Borba, a motivação pode ser tanto o lucro quanto a tentativa de limitar a divulgação das gravações. “O resultado é a apropriação indevida de um registro de valor jornalístico e histórico que de maneira alguma é justa”, afirmou o youtuber, criticando o que considera um abuso das políticas de direitos autorais da plataforma.
Álvaro Borba chamou a iniciativa de “a mais criativa e a mais escandalosa” que já viu. As conversas gravadas revelam discordâncias entre Malafaia e a família Bolsonaro sobre como lidar com as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil.
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