🚨 Prefeito de Davinópolis aprova empréstimos milionários e pode deixar cidade de 14 mil habitantes com dívida de até R$ 80 milhões
Maranhão

O prefeito de Davinópolis, Zé Pequeno (PDT), conseguiu uma vitória polêmica na Câmara de Vereadores: a aprovação de dois projetos de lei que autorizam o município a contrair empréstimos de R$ 20 milhões cada, um no Banco do Brasil e outro na Caixa Econômica Federal. No total, são R$ 40 milhões em financiamentos.
A princípio, o argumento do gestor é que os recursos serão destinados a obras de infraestrutura. Mas o problema é que, com juros, encargos e taxas, a dívida pode chegar a R$ 80 milhões, praticamente o dobro do valor original. Para uma cidade pequena, com pouco mais de 14 mil habitantes, o endividamento é visto como contraditório e até arriscado.
Câmara aprova, mas há resistência
Dos parlamentares municipais, apenas três se posicionaram contra os projetos: Josivan Sousa dos Santos, Thiago Monteiro dos Santos e Raimundo Trajano da Silva. Os demais vereadores deram sinal verde ao prefeito, que agora tem liberdade para decidir quando acionar os empréstimos — seja em momentos distintos ou até mesmo os dois ao mesmo tempo.
Na prática, a lei aprovada garante a Zé Pequeno um verdadeiro “cheque em branco” para negociar com as instituições financeiras.
Histórico de polêmicas
Não é a primeira vez que o prefeito de Davinópolis aparece em meio a situações controversas. Recentemente, Zé Pequeno virou notícia após o vazamento de um áudio em um grupo de WhatsApp. Na gravação, atribuída ao gestor, ele ameaça servidores do alto escalão da prefeitura que não comparecessem a inaugurações, ações e eventos da administração.
O tom autoritário da mensagem chamou atenção e gerou revolta entre moradores e lideranças locais. O áudio teria surgido logo após uma inauguração com baixa presença popular, o que teria irritado o prefeito.
O peso da dívida
Caso a operação de crédito seja concretizada nos valores máximos previstos, a população de Davinópolis terá que arcar com uma dívida milionária que pode ultrapassar R$ 80 milhões. Em termos proporcionais, seria como se cada morador da cidade tivesse que bancar uma fatia dessa conta.
Especialistas alertam que endividar cidades pequenas em valores tão altos pode comprometer a capacidade de investimento em áreas essenciais, como saúde, educação e saneamento básico, durante vários anos.
O que esperar?
Enquanto a gestão municipal fala em investimentos para melhorar a infraestrutura, parte da população e da classe política questiona se a medida não irá sufocar as contas do município e deixar uma herança pesada para as próximas administrações.
O que se sabe é que, com o aval da Câmara, Zé Pequeno agora tem em mãos a possibilidade de movimentar cifras históricas para os padrões de Davinópolis. Resta à população acompanhar de perto como esses recursos serão utilizados — e cobrar transparência para que o sonho de progresso não se transforme em um pesadelo de dívidas.
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